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Creatina e desempenho: o que a ciência já sabe sobre benefícios, tempo de uso e efeitos no envelhecimento

  • Foto do escritor: Marina Seixas
    Marina Seixas
  • 24 de set.
  • 2 min de leitura

A creatina é um dos suplementos mais estudados no mundo da ciência do esporte e da saúde. Originalmente conhecida pelo efeito ergogênico, isto é, por aumentar a performance em treinos de força e alta intensidade, hoje já é vista também como aliada na recuperação e até na preservação da massa muscular em idosos.


Aqui, reunimos evidências de estudos relevantes que ajudam a responder três grandes perguntas: quais são os benefícios da creatina para o desempenho físico, como o tempo de uso influencia os resultados e qual seu papel no envelhecimento saudável.

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Desempenho esportivo: força, potência e recuperação

Estudos mostram que a suplementação de creatina aumenta a disponibilidade de energia rápida (ATP), o que resulta em ganhos de força e potência durante exercícios de alta intensidade. Além disso, também pode contribuir para reduzir marcadores de fadiga muscular e acelerar a recuperação após treinos intensos.


Para atletas e praticantes de academia, isso significa: mais repetições, melhor rendimento e menor tempo de recuperação.


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O tempo importa? Quando tomar creatina

Uma dúvida comum é se existe um horário ideal para consumir creatina. Pesquisas comparando a ingestão antes e depois do treino não encontram diferenças significativas. A evidência atual sugere que a regularidade é mais importante do que o horário exato.


Ou seja: o benefício vem do uso diário e consistente, e não de uma janela específica.


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Creatina e envelhecimento: proteção contra a sarcopenia

A sarcopenia, perda progressiva de massa e força muscular, é um dos grandes desafios do envelhecimento. Uma meta-análise recente demonstrou que a suplementação de creatina, associada ao treino de resistência, potencializa o ganho de massa magra e força em idosos.


Outro estudo brasileiro reforçou essa conclusão: idosos que usaram creatina em conjunto com exercícios resistidos tiveram ganhos significativos em massa muscular comparados ao grupo placebo.


Isso mostra que a creatina pode ser uma ferramenta estratégica para manter a independência funcional e a qualidade de vida na terceira idade.

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Visão geral das evidências

Um levantamento de mais de 250 estudos destacou que a creatina é segura, bem tolerada e eficaz em diferentes contextos: de atletas jovens a adultos mais velhos.


Ainda assim, especialistas reforçam que a suplementação deve ser vista como complemento de uma rotina com treino adequado e alimentação equilibrada.

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Conclusão

A creatina já deixou de ser apenas um suplemento de atletas. As evidências científicas mostram que ela pode ajudar tanto no desempenho esportivo quanto na saúde muscular ao longo da vida.


O que realmente importa é: consumir de forma consistente e associar sempre ao exercício físico. Assim, a creatina se torna uma grande aliada na busca por mais força, disposição e longevidade.

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Fontes:

Antonio J, Candow DG, Forbes SC, et al. Creatine for Exercise and Sports Performance, with Recovery Considerations for Healthy Populations. Nutrients. 2021.


Forbes SC, Candow DG. Timing of Creatine Supplementation around Exercise: A Real Concern? Nutrients. 2022.


Devries MC, et al. Meta-Analysis Examining the Importance of Creatine Ingestion Strategies on Lean Tissue Mass and Strength in Older Adults. Nutrients. 2022.


Overview of Creatine Studies. Nutrients & Related Journals. 2023.


Brochado K, et al. Impact of creatine supplementation in combination with resistance training on lean mass in the elderly. UFG, 2021.


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