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Creatina e menopausa: o que a ciência revela sobre força, energia e saúde feminina

  • Foto do escritor: Marina Seixas
    Marina Seixas
  • 29 de out.
  • 4 min de leitura

Durante a menopausa, o corpo feminino passa por uma verdadeira mudança de rota: os hormônios oscilam e a energia parece se esgotar mais rápido. É justamente nesse momento que a ciência tem voltado o olhar para um nutriente super potente: a creatina.


Longe de ser exclusividade de atletas, ela vem sendo estudada como uma aliada para o corpo e a mente feminina, com resultados promissores na manutenção da força muscular, na proteção óssea e na saúde cognitiva.


Mais do que um suplemento, a creatina pode representar uma ferramenta para atravessar essa fase com vitalidade, clareza e autonomia.



O impacto da menopausa no corpo feminino


A menopausa marca uma transição natural, mas desafiadora. A redução dos níveis de estrogênio afeta vários sistemas do corpo: músculos, ossos, cérebro e metabolismo passam a responder de forma diferente.


Entre os efeitos mais comuns estão a perda de massa muscular (sarcopenia), o aumento da gordura corporal, a redução da densidade óssea e alterações cognitivas e de humor. Essas mudanças não são apenas estéticas, elas impactam a qualidade de vida, a autonomia e a longevidade saudável. É nesse contexto que a creatina começa a ganhar destaque na medicina preventiva e na pesquisa sobre saúde feminina.


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O que a creatina faz no corpo e por que isso importa mais na menopausa


A creatina é uma substância naturalmente produzida pelo organismo, mas sua síntese depende de aminoácidos e de fatores hormonais, incluindo o estrogênio. Com a queda hormonal típica da menopausa, a produção endógena pode diminuir e é aí que a suplementação se torna uma alternativa interessante.


Dentro das células, a creatina atua como uma espécie de “bateria de energia”: ela repõe rapidamente o ATP, o combustível usado por músculos e cérebro em atividades de esforço físico e mental. Na prática, isso significa mais força, resistência e foco (e menos fadiga).


Pesquisas recentes mostraram que mulheres na pós-menopausa que suplementam creatina apresentam melhor desempenho físico, maior força muscular e redução de marcadores inflamatórios, especialmente quando associam o uso ao treinamento de resistência (musculação, pilates, exercícios funcionais).


Além disso, há indícios de que a creatina pode proteger a saúde óssea, favorecendo a remodelação e a densidade mineral, e preservar a função cognitiva em um período em que o cérebro feminino sofre maior vulnerabilidade à queda estrogênica.


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Benefícios estudados da creatina na menopausa


- Saúde cerebral e clareza mental

Estudos em mulheres de meia-idade e pós-menopausa apontam que a suplementação pode melhorar a memória de curto prazo, a atenção e o humor (efeitos atribuídos ao aumento de energia cerebral e à redução do estresse oxidativo neuronal).


- Força muscular e composição corporal

A creatina ajuda a preservar massa magra e a reduzir a perda de força típica da idade. Quando associada ao treino de resistência, os resultados são potencializados. Pesquisas mostram ganhos de até 15% na força de membros inferiores em mulheres suplementadas, em comparação às que não usam.


- Saúde óssea

A suplementação regular, combinada ao exercício, está ligada a melhor densidade mineral óssea e menor risco de osteopenia e osteoporose, condições mais comuns após os 50 anos.


- Energia e vitalidade

Por melhorar a eficiência do metabolismo energético, a creatina contribui para reduzir a fadiga, melhorar o desempenho físico diário e até auxiliar no bem-estar emocional, já que baixos níveis de energia também afetam o humor.


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Dose e segurança


A maior parte dos estudos utiliza doses entre 3 e 5 gramas de creatina monohidratada por dia. A suplementação é considerada segura e bem tolerada, desde que feita com produtos de boa procedência e sob acompanhamento de um profissional de saúde.


Para quem pratica atividade física, o uso diário (mesmo nos dias de descanso) mantém os estoques de creatina elevados.


Não há evidências de efeitos adversos graves em pessoas saudáveis; o principal cuidado é manter boa hidratação e função renal adequada.


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A importância do acompanhamento


Cada mulher vive a menopausa de forma única: com necessidades, sintomas e ritmos diferentes. Por isso, a creatina não substitui o acompanhamento médico ou nutricional, mas pode ser uma ferramenta complementar para quem busca envelhecer com mais força, energia e clareza mental.


A boa notícia é que a ciência está cada vez mais voltada para o corpo feminino, entendendo suas especificidades hormonais e metabólicas, oferecendo estratégias que realmente fazem sentido na vida real.


Em resumo

A creatina não é apenas para atletas: é uma aliada no envelhecimento saudável das mulheres. Com orientação profissional, ela pode ajudar a preservar músculos, proteger ossos, favorecer o cérebro e manter o corpo ativo em qualquer fase da vida.


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