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Creatina e o cérebro: cognição e proteção contra a fadiga

  • Foto do escritor: Marina Seixas
    Marina Seixas
  • 29 de set.
  • 2 min de leitura

Quando pensamos em creatina, a maioria das pessoas associa o suplemento a ganho de massa muscular e performance esportiva. Mas a ciência vem mostrando que os efeitos da creatina vão muito além do músculo. O cérebro — órgão que consome até 20% de toda a energia do corpo — também pode se beneficiar dessa molécula.


Nos últimos anos, estudos investigaram a creatina como estratégia para melhorar funções cognitivas, reduzir fadiga mental e até proteger contra declínios associados ao envelhecimento e doenças neurológicas.

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Energia para pensar

O cérebro precisa de energia constante para funções como memória, atenção e raciocínio. A creatina atua como um estoque extra de energia celular, ajudando as células nervosas a funcionarem melhor em situações de alta demanda.


Estudos indicam que pessoas suplementadas podem apresentar:

  • melhor desempenho em tarefas de memória de curto prazo;

  • maior velocidade de raciocínio;

  • menos impacto negativo após noites mal dormidas ou sob alta carga mental.


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Proteção em situações de estresse

Além da cognição, a creatina parece ajudar o cérebro a lidar com condições de estresse fisiológico: hipóxia, esforço físico intenso, privação de sono.


É como oferecer uma “reserva de energia” para o sistema nervoso, mantendo o desempenho mesmo quando o corpo está sob pressão. Pesquisas com militares, atletas de elite e estudantes em períodos de prova mostram esse efeito protetor.


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Pós-viroses e fadiga crônica

Outro campo promissor: o uso da creatina para síndromes de fadiga pós-viral, incluindo pós-COVID.


Um estudo de Ostojic mostrou que a suplementação pode ajudar a restaurar o metabolismo energético cerebral e reduzir sintomas como cansaço extremo, dificuldade de concentração e lentidão mental.


Ainda não é uma solução definitiva, mas é uma linha de pesquisa importante para milhões de pessoas que sofrem com fadiga prolongada após infecções.

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Criando resiliência no envelhecimento

Com o avanço da idade, o cérebro naturalmente perde eficiência energética e a cognição pode declinar.


Pesquisas sugerem que a creatina pode ter efeito neuroprotetor, ajudando a preservar memória e funções executivas em idosos.


Ainda são necessários mais estudos de longo prazo, mas a possibilidade de um suplemento acessível contribuir para envelhecer com mais autonomia cognitiva é animadora.

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O que sabemos até agora


  • A creatina é segura e bem estudada no campo esportivo.

  • Cada vez mais, pesquisas exploram seu impacto no cérebro.

  • Pode beneficiar tanto pessoas jovens em situações de estresse mental quanto idosos em risco de declínio cognitivo.

  • Não substitui bons hábitos: sono, alimentação equilibrada e atividade física continuam sendo essenciais.



Fontes:

Roschel, H.; Gualano, B.; Ostojic, S.M.; Rawson, E.S. Creatine Supplementation and Brain Health. Nutrients. 2021.


Ostojic, S.M. Potency of Creatine in Post-Viral Fatigue Syndrome. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2020.


[Artigo sobre Função Cognitiva da Creatina], revisão científica.


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